Ambos os lados da moeda podem melhorar ou piorar economia brasileira
No fim de dezembro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA-15, conhecido como a prévia da inflação oficial no país. O índice no mês foi de 0,52%, o que deixou o ano com alta acumulada em 5,9%. O aumento nos preços das passagens aéreas e da gasolina foram os principais causadores desse resultado.
Este lado da moeda vira e mexe ganha notoriedade nos jornais de televisão, rádio e também nos portais de notícias. Isso porque a inflação está ligada diretamente com a economia. Mas existe o outro lado, que é menos conhecido, mas tem uma importância significativa: a deflação.
Esses dois adjetivos são um dos grandes norteadores para saber como está a nossa economia. Então, se você ainda tem dúvidas de como cada uma pode melhorar ou piorar a saúde financeira dos brasileiros, vamos explicar tudo.
O que é inflação?
De forma resumida, a inflação é o resultado após aumentos nos preços de bens e serviços. Assim, está ligada diretamente aos produtos que os consumidores compram no supermercado, além de estar presente nos preços da gasolina, gás de cozinha, etc.
Você já ouviu dos mais velhos que antigamente se comprava muito mais coisas no supermercado com R$ 100 do que hoje em dia? Pois é, a principal consequência é o empobrecimento da população. Então, se há a inflação, o brasileiro compra menos e as etapas de produção reduzem a atividade.
O impacto é devastador, já que os preços aumentam e o salário da população não acompanha esse crescimento para estar igualado. Por exemplo, a inflação acumulada de um ano foi de 10%. Em janeiro, um produto que custava R$ 200 vai passar a custar, ao fim do ano, R$ 220.
Deflação
Já a deflação tem um efeito reverso. Ela acontece quando há uma queda generalizada nos preços dos produtos e serviços de forma contínua. Os economistas explicam que não há um período específico para que haja a deflação, acontece quando há uma oferta de produtos maior do que a demanda.
Há outra forma de gerar a deflação: quando ocorre um corte de circulação de dinheiro no país. A princípio, ela pode parecer boa, afinal, a população sempre quer pagar mais barato nos produtos, certo? Mas a queda generalizada por um período incerto pode gerar problemas, já que comerciantes e prestadores precisam cortar os próprios ganhos para estimular o giro econômico. Nesse caso, uma das alternativas pode ser o empréstimo pessoal.
O que mais agrada a maioria dos especialistas é a inflação, mas que esteja sempre em controle. Mas essa não é uma visão unânime, já que o aumento desgovernado pode corroer a economia.